Vereadora Liana Cirne aprova três requerimentos para garantir cidadania à população LGBT de Recife 

A vereadora petista Liana Cirne colocou de vez a pauta LGBT na Câmara Municipal de Recife. Ela aprovou desde agosto nada menos do que três iniciativas para garantir mais cidadania à nossa população. A Câmara aprovou a criação de um programa de auxílio-aluguel, a implementação de um programa de profissionalização e de um banco de cadastro para o mercado de trabalho. 

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“É preciso entender que as pessoas LGBTQIA+ foram empurradas para uma situação de rua em maior número por causa da pandemia. Adolescentes lésbicas, jovens gays, pessoas trans que foram expulsas de casa por pais, mães, tios e tias; começaram a sofrer agressões físicas na pandemia estimuladas pela onda de neofundamentalismo e intolerância que o nosso país tem vivido”, afirma a vereadora.

Na justificativa do benefício do auxílio-aluguel, a vereadora frisou que a população LGBT, em especial a população trans, enfrenta graves resistências para ingressar no mercado de trabalho, em virtude da discriminação motivada pela sua condição de gênero destoante da ordem heteronormativa e patriarcal. 

É preciso entender que as pessoas LGBTQIA+ foram empurradas para uma situação de rua em maior número por causa da pandemia.

Outro requerimento da vereadora que foi aprovado pede “que seja feita indicação ao Prefeito da Cidade do Recife, Excelentíssimo Sr. João Henrique de Andrade Lima Campos e à Secretária de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas Sobre Drogas e Direitos Humanos, Sra. Ana Rita Suassuna, a fim de que seja implementado programa de profissionalização para pessoas LGBTQIA+ do Recife”. 

“A falta de empregabilidade e por conseguinte a inexistência de renda leva essa população à vulnerabilidade. A negação do direito ao trabalho é uma das consequências a que a desumanização desses corpos está condicionada.” 

Liana: a falta de empregabilidade leva essa população à vulnerabilidade

Em outro requerimento aprovado, Liana pede “que seja implementado banco de cadastro de pessoas LGBTQIA+ para o mercado de trabalho, a ser disponibilizado a empresas parceiras da Prefeitura da Cidade do Recife”. 

Associação Nacional de Travestis e Transsexuais (Antra) aponta que 90% desta população está na prostituição. A falta de emprego e o desamparo familiar fomentado pela homofobia, lesbofobia e transfobia, colocam tais pessoas em condições de desumanidade. Sem proteção familiar, sem trabalho e sem renda, a população trans e travesti acaba ficando sem moradia e tendo que enfrentar o dilema da condição de rua e suas violências e negação de direitos.