Invasão em Brasília completa 8 dias e fica cada vez mais inaceitável e séria
Mesmo 8 dias depois da invasão às sedes dos Três Poderes, em Brasília (DF), por terroristas bolsonaristas, o Brasil ainda se choca com tanta desfaçatez, violência e descontrole emocional. A cada nova série de imagens divulgadas nosso coração sangra um pouco, e a gente tem sim que manter uma postura atenta e, inclusive, ter medo.
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A farsa finalmente acabou e agora sabemos quem são essas pessoas, antes taxadas de lunáticas, de engraçadas, memes ambulantes. São terroristas, criminosos, têm que ser responsabilizados. A tia do Zap toda engraçadinha quebrou vidros, rasgou quadros, jogou objetos contra a polícia.
É preciso ter medo sim para lutar contra. Não é mais possível ignorar até que triste ponto pode chegar o descontrole emocional dessas pessoas. Não são folclóricos, são mau caráter. Têm poder de mobilização nacional, mostrado na cara dura com posts cheios de madames personificando o meme “O PT destruiu minha vida”.
Têm também, e isso é extremamente perigoso para a democracia, têm o poder econômico, com churrascos de carne de primeira nos acampamentos, com estrutura de viagem toda custeada. Eles têm o dinheiro e a conexão entre si (que coisa horrorosa imaginar esse povo todo ligado um ao outro). Eles têm uma “causa nobre”, mesmo que seja imaginária, fruto de delírios, onde apoiar seu discurso.
Mas a democracia brasileira tem a lei. A democracia brasileira instaurou e mantém instrumentos de equilíbrio de sua ordem. Judiciário, Executivo e Legislativo federais foram covardemente atacados por quem parece não saber para o que servem esses poderes. Mas resistiram, porque após quatro anos de desgoverno federal alcançamos uma terrível nova perspectiva de autoritarismo.
Vimos com o EX-presidente, inominável, que tudo pode sim ficar pior do que já era. Que o brasileiro é bem diferente do cortês, do simpático. Que piada da internet quebra vidros, rasga quadros de Di Cavalcanti e não faz mais ninguém rir. É preciso estar vigilante.
Fotos: Agência Brasil