UIVO LGBT

Conservadores criticam respeito aos LGBT dentro do movimento de escoteires do Brasil

A onda conservadora que se abateu sobre o Brasil agora mira no movimento de escoteiros e escoteiras. Entidades religiosas e jornalistas fundamentalistas que não merecem citação para não gerar engajamento têm “acusado” a União dos Escoteiros do Brasil (UEB) de ser tolerante com a diversidade sexual. O ataque começou em junho, comum post sobre o Orgulho LGBT (abaixo).

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Este movimento conservador aponta “absurdos” da entidade como não ver problema algum em deixar um escoteiro hétero dividir o alojamento com um homossexual. Também considera um horror a UEB respeitar a identidade de gênero de jovens trans na divisão dos quartos.

É lamentável a falta de conhecimento dessas pessoas que criticam a União. Fundada em 4 de novembro de 1924, a UEB é uma associação com atuação nacional,sem fins lucrativos, de caráter educacional, cultural, beneficente e filantrópico, que congrega todos que praticam o Escotismo no Brasil.

Ela defende publicamente pelo menos desde 2015 o respeito à diversidade. “A homofobia, bem como qualquer outro tipo de discriminação, é contrária aos princípios escoteiros de tolerância e respeito às diferentes formas de pensar, sendo portanto, um comportamento que exige medidas educativas por estar em desacordo com os princípios e os valores do Movimento Escoteiro”, defende a entidade em nota oficial.

No mesmo texto, a UEB lembra que “observada a Política de Proteção Infantojuvenil dos Escoteiros do Brasil, as relações homoafetivas e heteroafetivas são respeitadas no Movimento Escoteiro, tanto para membros juvenis, quanto para os voluntários adultos”.

E diz ainda que “o tema faz parte da ampla temática dos Direitos Humanos, sendo abordado no Programa dos Ramos Lobinho, Escoteiro, Sênior e Pioneiro, de forma diferenciada, própria para cada faixa etária e com material de apoio adequado”. A diversidade também faz parte do conteúdo de cursos de formação de adultos, permanentemente revisto e adaptado às novas realidades.

A União dos Escoteiros do Brasil é a única organização brasileira reconhecida pela Organização Mundial do Movimento Escoteiro, sendo titular desse registro internacional desde sua fundação.

A associação é responsável por dirigir e acompanhar as práticas escoteiras em mais de 1.684 Unidades Escoteiras Locais, em 745 cidades espalhadas em todo o território nacional. No ano de 2019 foram associados aos Escoteiros do Brasil 111.953 pessoas, sendo 82.228 jovens entre 6,5 e 21 anos, e 29.725 adultos voluntários.

Considerado como um movimento de educação não formal, o Escotismo ultrapassa as barreiras e se firma como um movimento educacional por proporcionar aos jovens o seu desenvolvimento pessoal em diferentes áreas, de forma sempre variada e atual, que vão ao encontro das necessidades das novas gerações.