“LOV3” é uma série interessante, mas que parece ainda estar buscando seu tom
Por Eduardo de Assumpção*
Todas as formas e variações de sexo estão em LOV3, nova série nacional da @primevideobr, criada por Felipe Braga e Rita Moraes, onde três irmãos adultos se veem um tanto perdidos quando sua mãe anuncia que está deixando seu pai após 30 anos de casamento. Com seus próprios relacionamentos pessoais, carreiras e conexões entre si também preocupantes, o trio deve romper seus laços geracionais e aprender a navegar na vida e no amor por conta própria.
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Os gêmeos Sofia e Beto não aguentam lidar com o rato que se instalou em sua casa. Felizmente, sua irmã mais velha, Ana, desabando após a separação de seu marido, Artur, não tem medo em matar o bicho com uma frigideira. Apesar da ajuda com o problema das pragas, Sofia não aguenta mais ter Ana em casa, farta de ela ficar deprimida e dormindo no sofá.
A discussão é interrompida pela chegada dos pais, Baby e Fausto , que informam que o casamento acabou. Baby está pronta para se comprometer apenas com ela mesma. Ao receberem essa notícia sobre seus pais e perceber que vão ter que começar a se cuidar, Ana, Sofia e Beto respondem de forma bem diferente.
Há, sem dúvida, algo interessante sobre um grupo de irmãos adultos disfuncionais tentando navegar na vida depois que as coisas tomam um rumo inesperado.
Ana começa a trabalhar pensando em desistir e é promovida a sous chef e depois pula de cama em cama de diferentes homens. Sofia, por sua vez, tenta se envolver com um trisal, Isa, Joaquim e Mateus, mas acaba ficando de fora no início. Porém, ela não desanima, fica determinada a levá-los a se mudar para sua casa e formar um grupo poliamoroso.
Beto, que tem o infeliz hábito de ir atrás de héteros, percebe que também deve cortar o cordão e decide procurar seu próprio lugar, farto do comportamento de Sofia. Ele vai morar com Luis, que conhece num aplicativo e promete transformá-lo numa ‘bicha conceito’.
Beto se envolve com um dos personagens mais realistas da série, o Hétero_Curioso, que conhece em um banheirão e acaba criando um complicado caso. Há, sem dúvida, algo interessante sobre um grupo de irmãos adultos disfuncionais tentando navegar na vida depois que as coisas tomam um rumo inesperado.
Mas “LOV3”, parece ainda estar buscando seu tom.
*Eduardo de Assumpção é jornalista e responsável pelo blog cinematografiaqueer.blogspot.com
Instagram: @cinematografiaqueer
Twitter: @eduardoirib
