Câmara Municipal de Valinhos mostra que não evoluiu e barra criação do Dia Municipal de Luta contra a LGBTfobia
A Câmara Municipal da cidade paulista de Valinhos mostrou que não está acompanhando a evolução mundial da Humanidade e arquivou, na terça-feira, 28, o projeto de lei que criaria o Dia Municipal de Luta contra a LGBTfobia.
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De autoria do vereador Professor Marcelo Yoshida (PT), a proposta teve voto favorável do próprio autor e dos vereadores Alécio Cau (PDT), Gabriel Bueno (MDB) e César Rocha (DC).
O projeto de Marcelo pretendia criar a data dentro do Calendário Oficial de Eventos do Município. É uma forma de propor reflexão sobre o respeito à diversidade sexual e combate à discriminação.
“Nós temos 84 dias ou semanas que também abordam dificuldades de outras populações, inclusive com temáticas religiosas. Nós LGBTs também temos religião. E dentro das nossas religiões, das nossas igrejas, nós também somos aceitos”, justificou o autor.
Nós temos 84 dias ou semanas que também abordam dificuldades de outras populações, inclusive com temáticas religiosas.
Ainda de acordo com o vereador, “é isso que a gente deseja: aceitação e acima de tudo respeito para que não sejamos mais agredidos na rua, para que eu possa andar com o meu marido na rua de mãos dadas sem ser xingado, porque é isso que acontece”.
Yoshida é o representante legal na Câmara Municipal do mandato coletivo DiverCidade, onde a função da vereança não fica a cargo de uma única pessoa, mas sim na responsabilidade coletiva de três co-vereadores. A proposta é democratizar a representatividade na política institucional, aumentando com isso a participação popular.
Além de Marcelo, são co-vereadores Fernanda Polidoro e Guillermo Valdes, empossados como assessores parlamentares. Os três se propõem a ter igual poder de atuação e decisão no mandato para elaborar políticas públicas e atuar como vereadores.
Marcelo Yoshida é formado em Direito pela PUC de Campinas e em História pela Unesp de Franca. É professor da rede pública municipal de ensino de Valinhos e coordenador do Cursinho Popular Contexto, projeto voluntário de ensino com o objetivo de preparar estudantes para os vestibulares. É também membro da Comissão da Diversidade Sexual e de Gênero da OAB de Valinhos e membro do Espaço Cultural Luís Ferreira.
marceloDC
10/10/2021 03:30
Para as malfadadas datas religiosas ok, num Estado DITO laico… Agora “Direitos” Humanos, só se excluírem LGBTs…