A Casa Espacial surgiu par confortar a criança interior de Lurryan, mas acabou conquistando pequenos e grandinhos
Lurryan tem 33 anos e faz parte daquela geração de crianças que cresceu em um Castelo Rá-Tim-Bum, de olho no Mundo da Lua e rindo com O Mundo de Beakman. A nostalgia se aliou à vontade de ensinar crianças para construir um mundo melhor e surgiu A Casa Espacial para discutir temas como empatia, diversidade, racismo – de um jeito lúdico, divertido, didático e que pesca a atenção também dos grandinhos.
“Já que eu não consegui construir uma máquina do tempo para voltar nos anos 90 e avisar pro meu eu de 5 anos que estava tudo bem dançar e brincar de boneca, eu escolhi construir uma Casa Espacial”, conta à Ezatamag sobre a semente que floresceu e hoje se espalha nas redes sociais alcançando também pais e mães que sabem como é importante educar bem.
O amor entre pessoas do mesmo sexo, por exemplo, ganha um episódio delicioso com as meias (sim, aquelas de colocar no pé) Sandra e Soraya. “Elas são duas meias que cansaram de ser o par definido por alguém e depois de se esconderem dentro do armário decidiram formar um par”, explica Lurryan. Quem dá voz às fofuras são as atrizes Bruna Pazinato e Bel Lima, que são um casal na vida real.
A curiosidade das crianças faz com que os adultos repensem algumas opiniões e atitudes. A ideia da A Casa Espacial é juntar as gerações, misturando nostalgia com um olhar progressista.
Quem é grandinho e não tem crianças também deve (muito) assistir A Casa Espacial – porque é muito gostoso aprender brincando, entrando em uma máquina do tempo que a gente quer tanto inventar! A seguir o aquariano com ascendente em Aquário conta mais sobre essa casa muito engraçada – e necessária:
Como foi a escolha em trabalhar com as crianças?
Já que eu não consegui construir uma máquina do tempo para voltar nos anos 90 e avisar pro meu eu de 5 anos que estava tudo bem dançar e brincar de boneca, eu escolhi construir uma Casa Espacial, onde pautas super importantes são abordadas para adultos e crianças discutirem e evoluírem. Falar com as crianças de hoje de uma certa forma me faz voltar no tempo.
Qual a importância de um conteúdo de qualidade na formação delas?
É importante abordar de forma lúdica e sem tabus pautas como: diversidade, gênero, feminismo e sustentabilidade, pois esses assuntos estão presentes no dia a dia das crianças. Ter um canal com esse conteúdo ajuda a conectar pais, professores e crianças, criando um ambiente saudável, permitindo que os pequenos se sintam seguros e confiantes para crescerem sendo eles, sem medo.
E por que é importante incentivar essa curiosidade, essa vontade pelo saber nas crianças?
A curiosidade das crianças faz com que os adultos repensem algumas opiniões e atitudes. A ideia da A Casa Espacial é juntar as gerações, misturando nostalgia com um olhar progressista. No Instagram conversamos com os adultos, já o conteúdo no YouTube é voltado para crianças de 4 a 8 anos, mas nós sabemos que a galera que assistia aos programas infantis dos anos 90 também adora o nosso canal. Isso acontece porque trazemos referências de grandes clássicos dessa época. É comum que adultos tenham vontade de maratonar nosso canal junto com os pequenos.
O que você mais gosta no retorno que recebe?
Receber os vídeos das crianças com certeza está em primeiro lugar. Mas recebemos muitos depoimentos de adultos relatando como alguns vídeos ajudaram a abordar temas dentro de casa. Temos dois vídeos que são campeões de mensagens, Hora Bolas, que fala sobre diversidade, onde um círculo não se sente representado no mundo geométrico só de triângulos e quadrados, e o episódio Pai Coruja, onde abordamos o tema Adoção. Essas mensagens chegam como combustível para fazer nossa casa continuar decolando cada vez mais alto.
Ainda há espaço para o lúdico no mundo hoje em dia? Que diferença ele faz?
Acho que enquanto existir aquarianos no mundo, a viagem para o lúdico está garantida. Eu espero que nunca falte espaço para o lúdico. A imaginação é um instrumento muito poderoso, com ela é possível ir mais além, com papel, cola e tesoura dá pra construir um universo, basta imaginar. E se dá pra imaginar é porque dá pra fazer.
Qual é seu maior sonho?
Tenho vários sonhos, mas hoje estou entregando toda minha energia e esforço para A Casa Espacial decolar e chegar cada vez mais longe. Tenho encontrado parceiros e amigos incríveis nessa jornada que entendem a importância de abordar esses assuntos através da arte. Já é um sonho imaginar que crianças possam crescer sendo autênticas, seguras e confiantes. E se dá pra imaginar, é porque dá pra fazer.