Novo longa mostra um gráfico linear da curta, mas bem-sucedida carreira do Wham!

Por Eduardo de Assumpção*

“Wham!” (Reino Unido, 2023) O filme traça a história do fenomenal grupo britânico através de imagens de arquivo e gravações nunca antes vistas, na voz da própria dupla George Michael e Andrew Ridgeley. Dirigido por Chris Smith, de ‘Sr.(2022)’, a produção da Netflix é inteiramente feita costurando clipes antigos e entrevistas para mostrar um gráfico linear da curta, mas bem-sucedida carreira do Wham!.

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Georgios Kyriacos Panayiotou, ou George Michael, e Andrew Ridgeley aprenderam e criaram seu próprio estilo de música, que era uma mistura de rap, disco, rock e pop. Uma vez que eles conseguiram um acordo, não havia como olhar para trás e apenas um caminho para o estrelato global. A maioria das canções que se tornaram bastante populares foram co-escritas por George e Andrew, como ‘Careless Whisper’, que aparece em todos os seus processos, antes mesmo de ganharem reconhecimento.

Andrew é referido como a ideia do conceito da maioria das primeiras canções aclamadas pelo público. George chega a chamá-lo de ídolo ou inspiração, já que ele era um garoto bastante tímido de uma família conservadora e Andrew era esse garoto rebelde que trazia a mudança necessária.

Se não fosse ele empurrar na direção musical, o mundo nunca teria visto as maravilhas do Wham!, que catapultou George Michael para uma fenomenal carreira solo. Entre 1982 a 1986, o grupo alcançou muito mais sucesso do que poderiam desejar. Entrando no mercado dos EUA para ser o único grupo ocidental a ter um show na China. Mas o sucesso profissional nem sempre satisfaz dilemas pessoais, que no caso de George foi sua sexualidade.

Apesar de ter se assumido para os amigos com apenas 19 anos, ele não poderia confessar o mesmo ao mundo, caso isso atrapalhasse a carreira que eles estavam tentando construir. Ele encontrou na composição e na produção sua saída para dar voz a esse conflito.

Quanto mais George se concentrava em assumir os papéis na criação da música da banda, mais Andrew se encontrava nos bastidores. George encontrou validação por estar no topo do jogo e sempre fazer melhor do que da última vez.

Disponível na @netflixbrasil

*Eduardo de Assumpção é jornalista e responsável pelo blog cinematografiaqueer.blogspot.com

Instagram: @cinematografiaqueer

Twitter: @eduardoirib