XXI – O Mundo
Por André Máximo*
Fim de ano chegando e as reflexões surgem a cada momento. Começando de forma simples como, por exemplo, conferir o corpo, já que não foi à academia como prometido, olhar o maço de cigarro e avaliar se fumou menos já que não cumpriu o desejo de parar de fumar, e por aí vai.
Chegando ao ápice da neurose onde se questiona sua falta (ou excesso) de mudanças práticas na vida. Trazendo antecipadamente aquela velha e boa esperança que o próximo ano será melhor apenas para aliviar suas dores, seus erros ou já justificar os seus próprios deslizes.
Reconheça seus erros, lembre-se das suas promessas ou você simplesmente vai deixar a vida seguir seu rumo na máxima daquela eterna frase de autoajuda do tipo: “A vida é feita para ser vivida”. Pense. Reflita.
Estamos na Primavera. Observe o que vingou. Sinta primeiro o aroma das flores. Colha algumas ou apenas observe sua beleza. Aprenda a confiar e não colher tudo de uma vez, afinal de contas, algumas flores irão gerar bons frutos. E para aquelas que não brotaram: recicle. Existem tantas formas de utilizar aquilo que não tem mais serventia para ti.
Reconheça seus erros, lembre-se das suas promessas ou você simplesmente vai deixar a vida seguir seu rumo na máxima daquela eterna frase de autoajuda do tipo: “A vida é feita para ser vivida”. Pense. Reflita.
Esse é um mês propício para amadurecer suas idéias, conferir suas conquistas, acertar seus “Nãos” e cumprir com seus “Sims”. Agora é o momento para encontrar o equilibro, rever seus passos e começar a agir. Não espere pelo fim… fim de ano… fim dos tempos… ou qualquer outro tipo de fim…
Lembre-se que para alguns o Mundo pode ser plano, quadrado, redondo ou simplesmente algo inventado por colecionadores extraterrestres. Mas reflita o que deseja no seu peculiar mundo. Não esqueça de que tudo é aprendizado.
É chegado o momento de desabrochar e sair desse retrato particular centrado apenas no seu Eu.
Esse mundo pode ser grande. Somos milhares, incontáveis ajudantes, parceiros, seres, coisas e afins. Cabe-nos apenas colher a nossa parte. Deixe a outra metade para aqueles que aguardam uma oportunidade nessa terra. Mesmo que seja um caminho fértil, deixe uma parte para que um dia, os outros, possam aprender a plantar seus próprios sonhos.
Novas terras irão surgir no seu horizonte em breve. E para desfrutar desse momento olhe atentamente onde está pisando agora. Faça esse exercício. Sinta os pés no chão. Mexa os dedos.
Esse mundo pode ser grande. Somos milhares, incontáveis ajudantes, parceiros, seres, coisas e afins. Cabe-nos apenas colher a nossa parte.
De quem são esses pés? O que fazem ali? E o dono (a) dessas pernas? Quando e quanto ainda deseja caminhar? Sentiu borboletas no estômago? Déjà vu? Veja suas mãos, calejadas ou não, e coloque sobre seu coração.
Respire fundo. Diga seu nome, solte sua voz, e sinta qual a primeira lembrança ao se ouvir ser proclamado. Orgulho, tristeza, prazer, vergonha, solidão, gratidão… não importa o sentimento. Não brigue. Apenas sinta.
E aos poucos diga para esse ser o quanto está comprometido em seguir em frente nesse Mundo. Aberto aos aprendizados, atento aos sutis movimentos, evoluindo constantemente e cauteloso para deixar um terreno fértil para quem virá a seguir.
O Mundo lhe aguarda. Se colheu o que desejou use com sabedoria. Existe muita terra ainda esperando pelo seu toque especial. Entendeu sua importância, né?
Então vamos que vamos, afinal, enquanto muitos dizem para si mesmos ser o fim de uma fase, sinta em você o quanto está próximo para mais uma vitória nesse contínuo e eterno ciclo da vida.
*André Máximo, 42 anos, tarólogo, reikiano e umbandista.
Instagram @andremaximo