Comunidade LGBT+ tem o dobro de níveis de ansiedade e depressão quando comparada aos dos heterossexuais
Metade dos trabalhadores da comunidade LGBT+ na América Latina enfrenta algum grau de ansiedade ou depressão. Segundo um estudo realizado pela corretora de seguros WTW com cerca de 5 mil pessoas na Argentina, no Brasil, Chile, Colômbia e México, as questões de saúde mental afetam mais os funcionários LGBT+ do que a saúde física.
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Argentina (62%) e Chile (59%) lideram os níveis de ansiedade e depressão, seguidos por Colômbia (54%), Brasil (51%) e México (48%). Entre as pessoas que dizem sofrer de ansiedade e depressão grave, a taxa no Brasil é quase o dobro na comunidade LGBT+ (19%) em comparação aos heterossexuais (9%).
Inclusão na cultura organizacional e liberdade de expressão foram os pontos que mais citados como causadores de estresse. Para Guilherme Vieira, diretor de experiência do empregado na WTW Brasil, esses dados indicam a importância de políticas de inclusão e bem-estar voltadas especificamente para essa população.
A taxa no Brasil é quase o dobro na comunidade LGBT+ (19%) em comparação aos heterossexuais (9%).
Entre as descobertas mais importantes:
– 1 em cada 2 funcionários LGBT+ nesses países relata sofrer de algum nível de ansiedade ou depressão.
– Funcionários LGBT+ relatam níveis de ansiedade e depressão muito maiores do que os heterossexuais, sendo a Colômbia o país onde o índice é maior (24 pontos). Em seguida, aparecem Argentina (21 pontos), Chile (18 pontos), México (16 pontos) e Brasil (9 pontos);
– O número de pessoas LGTB+ com graves níveis de ansiedade ou depressão é, praticamente, o dobro do que entre heterossexuais.