Thammy Miranda anuncia saída do PL após filiação do (des)presidente da República
Vereador de São Paulo eleito em 2020 pelo Partido Liberal (PL), Thammy Miranda anunciou na terça-feira, 30, que deixará a legenda após a filiação nesta semana do (des)presidente da República. O parlamentar disse que a saída é motivada por ter sido vítima de LGBTIfobia por parte tanto do (des)presidente quanto de sua família.
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“Eu vou sair do partido. A gente tem ideias diferentes, além de que eu já sofri ataques pessoais de membros da família do presidente, inclusive contra o meu filho quando ainda era um recém-nascido. E eu não entrei na política para atacar ninguém ou desrespeitar qualquer pessoa que seja”, explicou o vereador, o primeiro homem trans a ocupar uma cadeira na Câmara Municipal paulistana.
Thammy diz ainda que entrou na política e trabalha por pessoas que até então não se sentiam representadas. Isso por enquanto não tem incluído muito a população LGBT, para quem prometeu a criação de uma delegacia especializada. Uma realização difícil de brotar como projeto de lei no até então partido que ele integrava, o não muito progressista PL.
Eu não entrei na política para atacar ninguém ou desrespeitar qualquer pessoa que seja.
A depender da legenda escolhida por Thammy, sua atuação como pioneiro em sua posição pode ser ampliada (torcemos). Bons sinais são oficiais: o vereador já aprovou projetos de lei e tem várias outras propostas em tramitação tratando de questões importantes como saúde, educação e violência contra a mulher.
Por exemplo: o PL 692/2020 “cria o Cadastro Único de Violência Doméstica (Cavid) no âmbito do município de São Paulo”. O PL 212/2021 pede a criação na Zona Leste do Centro de Atendimento à Mulher da Cidade de São Paulo. Ambos já aprovados em primeira discussão. Já o PL 156/2021, aprovado, “institui o Selo ‘Empresa Amiga da Mulher’ às empresas que cumprirem metas de valorização a plena vivência da mulher no ambiente de trabalho”.
Thammy também tem projetos para a distribuição de absorventes a mulheres em situação de vulnerabilidade, no combate ao câncer ginecológico e apoio a mães solo.
Fotos: Facebook-Reprodução