Curso profissionalizante em assistente de cozinha para LGBT+ forma sua primeira turma no Rio de Janeiro
O Cozinha&Voz, curso profissionalizante em assistente de cozinha voltado para a comunidade LGBTQIA+, formou a sua primeira turma no Rio de Janeiro (RJ). A formação aborda aptidões culinárias exigidas pelo mercado formal de trabalho, mas também o desenvolvimento socioemocional dos participantes por meio da poesia e acolhimento. O foco prioritário é na população trans e travesti.
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Ao todo, a primeira turma foi formada por 40 homens e mulheres trans e travestis. A iniciativa faz parte do projeto “Pride: Promovendo Direitos, Diversidade e Igualdade no mundo do trabalho”, uma estratégia combinada para promover o trabalho decente e a inclusão no mercado de trabalho formal de pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Organizado pela Organização Internacional do Trabalho, o curso conta com o apoio do Ministério Público do Trabalho, da Firjan SENAI, do Instituto +Diversidade e da Casa Neon Cunha no Rio de Janeiro.
Implementado com o Instituto +Diversidade e a Casa Neon Cunha, o projeto impulsiona a inclusão e trabalho decente de pessoas da comunidade LGBTQIA+, com foco prioritário na população trans e travesti. Entre suas linhas de ação, o projeto não apenas foca no ensino de habilidades técnicas, como também procura desenvolver habilidades socioemocionais.
Com esta metodologia em mente, o Cozinha&Voz conta com a coordenação técnica da chef Paola Carosella e também da atriz e poeta Elisa Lucinda e da atriz e diretora Geovana Pires. O curso é composto por oficinas, nas quais as pessoas participantes, por meio da poesia, desenvolvem e aperfeiçoam a inteligência emocional e a comunicação interpessoal para aprender a se comunicar em qualquer contexto profissional, de uma entrevista de emprego a uma apresentação em público.
“Uma das linhas de ação do projeto Pride é implementar um programa de qualificação que contemple tanto a qualificação profissional como também uma abordagem de desenvolvimento da expressão e a autoestima, considerando que se trata de uma população em situação de vulnerabilidade que está sujeita a discriminação no mundo do trabalho. Por meio do Cozinha&Voz, o projeto implementa uma abordagem integral que contribui para o acesso ao trabalho decente, que é um direito de todas as pessoas”, resume Camila Almeida, coordenadora Nacional do Projeto PRIDE no Escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil.
“Por que o Ministério Público do Trabalho volta a sua atuação para promover a empregabilidade desse público? A gente tem dados aqui que a vulnerabilidade que marca essa população é muito intensa. A expectativa de vida média é de 35 anos. A gente está falando de uma expectativa de vida acho que da Idade Média.”, disse a procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT) no Rio de Janeiro, Fernanda Diniz.
Com informações da ASCOM da Firjan SENAI.