Leopold Nunan lança “Pé de Maracujá”, uma celebração à botânica carioca

Leopold Nunan, múltiplo artista brasileiro, radicado há 20 anos em Los Angeles (EUA), lança em todas as plataformas digitais “Pé de Maracujá”, o terceiro single de seu primeiro álbum solo, intitulado de “Leo From Rio”, previsto para junho deste ano com show em Los Angeles, São Paulo e Rio. Em SP o show será no dia 1 de junho, às vésperas da Parada do Orgulho LGBT, no Cabaré da Cecília.

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A música é uma celebração à botânica carioca, em especial à flor do maracujá. “O positivismo desse sucesso botânico me inspirou a querer gravar essa canção. É com certeza uma forma de me conectar com as minhas raízes. Moro aqui nos EUA há 20 anos e eu nunca perdi minhas raízes. Essa terra, que tudo que planta, colhe. Essa fertilidade é nossa inigualável. Tenho muito orgulho de ser brasileiro. Onde eu vou, eu levo o Brasil comigo no meu peito”, conta Nunan.

A faixa dá sequência ao segundo single, Marchinha Fúnebre, depois do lançamento de estreia Quem é teu baby, com Sônia Santos e Ana Gazzola, em 2023, que recebeu 4 prêmios e foi selecionado em 12 festivais internacionais. “Quem é teu baby” traz de volta à cena Sonia Santos, uma das cantoras mais importantes no Brasil dos anos 70, um dos nomes mais fulgurantes do casting da gravadora Som Livre. Desde os anos 80, a artista vive nos Estados Unidos e em 2017 teve seu primeiro álbum redescoberto no país, como noticiou o jornalista Mauro Ferreira.

O álbum foi financiado com recursos da Music Forward Foundation e do Citibank, que selecionaram dez projetos LGBT+ de artistas imigrantes e pessoas pretas (Person Of Color/POC) entre mais de 250 mil propostas. Ele é portador da rara síndrome Charcot-Marie-Tooth (CMT), grupo hereditário de doenças do nervo periférico que afeta movimentos e sensações nos braços e nas pernas. O edital foi o impulso para iniciar a gravação, que foi toda remota no meio da pandemia. “Eu virei máquina de fazer música”, conta.

“A composição é toda assinada pelo multi-instrumentista ‘brasileiro-mineiro’, o talentosíssimo Alberto Menezes, que tocou todos os instrumentos. O violino foi gravado pelo meu primo Thomaz Soares, primeiro violino da sinfônica da Petrobras. A percussão sensível é toda de tubos de PVC, na batida 6 por 8. É um world music”, explica Leo, que faz questão de cantar em português, segundo ele “a língua mais bonita”. E completa, “o álbum todo é orgânico, tocado por músicos. Meu primeiro trabalho orquestrado. Honra de poder lançar música popular Brasileira – pura MPB.“