“Medusa DeLuxe” é um mistério ambientado no mundo traiçoeiro dos shows competitivos de cabeleireiro
Por Eduardo de Assumpção*
“Medusa DeLuxe” (Reino Unido, 2023) O longa, escrito e dirigido por Thomas Hardiman, é um mistério ambientado no mundo traiçoeiro dos shows competitivos de cabeleireiro. Realizado em uma tomada que serpenteia por um cenário claustrofóbico, o filme nos envia em uma caçada para decifrar qual das caricaturas penteadas é o assassino.
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O filme não é um thriller policial particularmente direcionado. É verdade que de tempos em tempos se fala do morto e se levantam hipóteses. Mais frequentemente, no entanto, as pessoas falam sobre trabalho e zombam dos outros. O roteiro coloca um foco especial na dinâmica entre as mulheres. A polícia, por outro lado, não desempenha um papel, os personagens só passam por eles de vez em quando.
É definitivamente uma história de bobs e laquê. Conhecemos os personagens logo após a descoberta do corpo de Mosca (John Alan Roberts) nos bastidores antes do show. Os competidores e modelos estão amontoados em pequenas salas laterais esperando para serem interrogados pela polícia.
Ondas de medo, fofocas e tristeza ondulam de sala em sala enquanto a câmera segue seletivamente cada personagem. O elenco é formado principalmente por caricaturas cômicas de Londres, como Divine (Kayla Meikle), a evangelista obcecada por Jesus, e Cleve (Clare Perkins), a mulher raivosa que vê o GBH como uma ferramenta de carreira e o organizador do evento, Rene (Darrell D’Silva).
Depois, há o sabor internacional de Angel (Luke Pasqualino), o marido do falecido que carrega pérolas e um bebê. A cinematografia de Robbie Ryan e a direção de arte de Lili Lea Abraham são uma parte muito importante do filme, carregando a força de seu apelo visual, em um longa onde seu roteirista e diretor Thomas Hardiman presta homenagem flamboyant ao cabelo artístico.
A trama vai de personagem em personagem, questionando suas relações com o crime, ao mesmo tempo em que nos mostra a teia de relações entre os protagonistas. Texto Completo no Link na Bio.
Disponível na @mubibrasil
*Eduardo de Assumpção é jornalista e responsável pelo blog cinematografiaqueer.blogspot.com
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Twitter: @eduardoirib