Peça leva aos palcos a vida de Alice B. Toklas para celebrar o Dia da Visibilidade Lésbica

O Dia da Visibilidade Lésbica, 29 de agosto, ganha de presente a estreia do monólogo “Alice, retrato de mulher que cozinha ao fundo”, no Teatro Décio de Almeida Prado, em São Paulo. A atriz Nicole Cordery vive em cena a escritora Alice B. Toklas, companheira de Gertrude Stein, autora de um famoso livro de receitas. A peça fica em cartaz até o dia 31 de agosto, sempre às 19h, com direito a bate-papo no final (exceto dia 31).

Alice também é personagem de uma autobiografia escrita por Gertrude, considerada um dos mais preciosos documentos sobre as origens e sobre os criadores da arte e da literatura moderna. A diretora Malú Bazán põe em cena os múltiplos fragmentos que compõem a vida de uma mulher singular que inspirava outros artistas como Andy Warhol e Pablo Picasso.

Na peça, a relação das escritoras, além de um panorama acerca do século XX e da Segunda Guerra Mundial, é traçado pelo olhar de Toklas. As apresentações fazem parte da nova programação do Teatro Décio de Almeida Prado, que contará com uma frente de discussão acerca de temáticas como o orgulho LGBTQI+ e a Visibilidade Lésbica e Trans.

Alice (fundo) e Gertrude formaram um dos mais famosos e influentes casais do século XX

29/08, conversa após o espetáculo com Lauren Zeytounlian

Lauren Zeytounlian é antropóloga, marceneira e lésbica. Faz doutorado em Ciências Sociais, na área de Estudos de Gênero, na Unicamp. É membro do Numas – Núcleo de Estudos dos Marcadores Sociais da Diferença, na USP. Desde 2015 é mediadora do Clube de Leitura Companhia das Letras/Penquin/Numas que se encontra mensalmente na Livraria Martins Fontes Paulista. Possui muitos interesses de pesquisa, mas, no momento, sobretudo em textos de mulheres em primeira pessoa, escritas feministas, ativismo e trabalho sexual.

30/08, conversa após espetáculo com Carla Miguelote

Carla Miguelote é Doutora em Literatura Comparada (UFF) e Professora Adjunta do Departamento de Letras da UNIRIO, com diversos trabalhos publicados em anais de congresso, além de ensaios e artigos em livros e revistas especializadas. É também poeta – autora do livro de poemas Conforme minha médica (Confraria do vento, 2016) – e documentarista – diretora de quatro curtas feministas: Amiga oculta (2017), qual imagem (2018), como se não víssemos a um palmo do olho a pinça do escorpião (2019) e esguicho (2019)

Mediação

Marina Corazza é atriz, dramaturga e educadora. Graduada em Artes Cênicas (ECA/USP) e mestranda no Programa de Mudança Social e Participação Política (EACH/USPLeste). Foi co-fundadora e atriz da Companhia Auto-Retrato (2001 a 2015). Em 2015 formou com os atores Lucas George e Diego Gonçalves o Coletivo Concreto com objetivo de investigar a relação entre cantos de tradição e a ação no trabalho do ator. Seus últimos trabalhos como dramaturga são: “Alice, retrato de mulher que cozinha ao fundo”, “Aproximando-se de A Fera na Selva” (indicada ao Prêmio APCA de dramaturgia e direção), “Fóssil” e “Orlando e outras canções entre nós” (em processo).

Alice – Retrato de Mulher que Cozinha ao Fundo
29, 30 e 31 de agosto (quinta a sábado)
Teatro Décio de Almeida Prado: Rua Lopes Neto, 206 – Itaim Bibi
Quinta GRATUITO
R$ 30 (inteira) | R$ 15 (meia)
60 minutos