Brasil está na segunda faixa mais alta do mundo de incidência de câncer de mama
O Brasil figura, em 2018, na segunda faixa mais alta de incidência de câncer de mama entre os todos os países com uma taxa de 62,9 casos por 100 mil mulheres (taxa padrão utilizada mundialmente). Os dados divulgados neste mês pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) deixam ainda mais clara a importância de se falar e se informar sobre a prevenção no #outubrorosa. Estimativas apontam que um a cada três casos poderia ser evitado com informação.
Para se informar com qualidade, a Biblioteca Virtual de Prevenção e Controle de Câncer do Inca (acesse clicando aqui) contém publicações científicas, artigos, teses e dissertações, além de materiais audiovisuais, eventos e notícias sobre o tema. Clicando aqui você acessa um folder informativo com pontos como causas e sintomas.
Clicando aqui você acessa o livro “A situação do câncer de mama no Brasil: síntese de dados dos sistemas de informação”. Abaixo um recado direto e franco em vídeo do pessoal do Quebrando o Tabu sobre o assunto.
Em 2019, a campanha do INCA no Outubro Rosa tem como como focos principais a prevenção primária (ações para reduzir os riscos) e a detecção precoce. O objetivo é fortalecer as recomendações do Ministério da Saúde para o rastreamento e o diagnóstico precoce do câncer de mama.
Um dos desafios é a redução das desigualdades entre as regiões e classes sociais. A mortalidade por câncer de mama está ligada principalmente ao acesso a diagnóstico e tratamento adequado no tempo oportuno. O objetivo é diagnosticar o câncer o mais precocemente possível, ainda nos estágios iniciais da doença, quando o tratamento é mais efetivo.
Ano a ano, o Brasil vem conseguindo aumentar o percentual de casos diagnosticados nos estágios in situ e I de 17,3% em 2000 para 27,6% em 2015. Mas essa proporção continua muita baixa na região Norte (12,7%), em contraste com as regiões Sul (29,2%) e Sudeste (30,8%).
A desigualdade regional e social também se evidencia no acesso ao exame de mamografia de rastreamento, que deve ser realizado a cada dois anos por todas as mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos. O percentual de mulheres brasileiras nessa faixa que fizeram o exame em 2013, de acordo com a última Pesquisa Nacional de Saúde, foi de 60%, mas de apenas 38,7% na região Norte e 47,9% no Nordeste, bem abaixo das regiões Sul (64,5%) e Sudeste (67,9%).
Por nível de instrução, o índice médio de mulheres brasileiras com nível superior nesse faixa etária que realizou uma mamografia foi de 80%, mas de 50% entre as mulheres sem instrução e fundamental incompleto. Segundo o INCA, são estimados 59.700 casos novos de câncer de mama em 2019.