Capital paraibana divulga balanço de atendimentos de sua coordenadoria LGBT+ em 2023
Em João Pessoa (PB), a Coordenadoria Municipal de Promoção da Cidadania LGBT e da Igualdade Racial realizou entre os meses de janeiro a novembro de 2023 1.083 sessões de atendimentos jurídico, psicológico e social, além de odontológicos, citopatológicos e psicológicos fruto de parcerias com outras instituições. Os atendimentos e as ações educativas foram voltadas para pessoas travestis, mulheres e homens trans, cis, não binários, entre outras. A Coordenadoria está, localizada no Parque Solon de Lucena, Centro da Capital e funciona segunda à sexta-feira, das 8h às 15h.
Leia também:
PB: Prefeitura de João Pessoa capacitará servidores sobre a não-binariedade
Paraíba usa dança e música para melhorar a qualidade de vida de LGBT+ privades de liberdade
Geraldo Filho, que está a frente da Coordenadoria LGBT na Capital, explicou que o atendimento se dá primeiramente pelo acolhimento social, onde é realizada uma triagem social e identificadas as demandas, posteriormente, o usuário é encaminhado ao atendimento psicológico, psiquiátrico, assistência social, assessoria jurídica, empregabilidade, habitabilidade ou Educação.
Por meio da Coordenadoria a população LGBT, negra, cigana e quilombola de João Pessoa contam, ainda, com acesso a serviços gratuitos na área de saúde. Os usuários podem dispor desde serviços psicológicos a citológicos, via Sistema Único de Saúde (SUS) ou através de convênios firmados com universidades privadas, como a Maurício de Nassau, Unipê e Faculdade de Ciências Médicas (FCM). Os usuários podem contar também com auxílio em processos cirúrgicos de redesignação sexual (mudança de sexo). “Somando todos esses atendimentos e parcerias mais de mil atendimentos foram realizados esse ano”, explica.
De acordo com o relatório interno de atendimento da Coordenadoria LGBT, feitos especificamente na sede da órgão, no Centro da cidade, foram realizados 344 sessões de atendimento jurídico, psicológico e social. Foram contabilizados o atendimento a 112 pessoas, entre elas mulher trans (52), homem trans (10), homem cis (48), mulher cis (28), travesti (10), não binarié (10), entre outros. A orientação sexual foi catalogada da seguinte forma: gay (54), hetero (49), lésbica (30), bissexual (30), pan e outros (11).
Foram realizadas 344 sessões de atendimento jurídico, psicológico e social.
As pessoas assistidas pela Coordenação foram vítimas de vários tipos de violência como verbal (77), psicológica (62), física (55), sexual (38) e de tortura (08). A motivação das agressões foi disparada casos de LGBTfobia (68), seguido por sexismo (17), racismo, intolerância religiosa (16), situação de rua (12), conflito geracional (10), xenofobia (6), entre outros.
Os atendimentos foram feitos para brancos, pardos, pretos, indígenas, amarelos e quilombolas. Infelizmente as agressões partem dos pais (34), amigo (26), ex-namorado (14), padrasto (13), patrão/chefe (12), irmão (10), policial/agente da lei (8), namorado (7), entre outros. Os locais onde as vítimas relatam que ocorreram os atos de violências foram na própria residência (64), escola (23), bar (20), comércio e serviços (8), locais de práticas esportivas (5), habitação coletiva entre outros.