Universidade Federal de Goiás amplia acesso para pessoas trans

Em uma decisão unânime durante a reunião do Conselho Universitário realizada no dia 22 de março, a Universidade Federal de Goiás (UFG) aprovou uma modificação no Programa UFGInclui. A alteração visa não apenas atender a demanda de indígenas e quilombolas, como era praticado anteriormente, mas também incluir pessoas trans.

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Esta nova regra estará em vigor para o próximo processo seletivo do UFGInclui, com previsão de ingresso para o primeiro semestre de 2025. Anteriormente, o programa criava vagas extras nos cursos em que havia demanda por parte de indígenas e quilombolas.

Após uma apresentação, discussão e votação, ficou decidido que também serão criadas vagas adicionais para ingresso nas graduações que demonstrarem demanda por pessoas trans e travestis. Essas vagas serão destinadas a indivíduos que tenham cursado o Ensino Médio em escolas públicas e que se encontram em situação socioeconômica vulnerável.

Precisamos colocar esses estudantes dentro da UFG e depois cuidar também da permanência e do êxito estudantil.

Representantes do Coletivo Xica Manicongo ressaltaram a importância dessas ações de inclusão para pessoas trans e travestis na universidade, apresentando dados que evidenciam a atual situação e a necessidade de mudanças. O pró-reitor de Graduação, Israel Elias Trindade, destacou o compromisso contínuo da UFG com a promoção de ações afirmativas e a busca constante por formas de aumentar a inclusão dentro da instituição.

“Precisamos colocar esses estudantes dentro da UFG e depois cuidar também da permanência e do êxito estudantil”, afirmou Israel. A secretária de Inclusão, Luciana Dias, afirmou ainda que discussões aprofundadas sobre a alteração em questão no UFGInclui estão sendo feitas há algum tempo com integrantes do Coletivo Xica Manicongo, para que tudo possa ser encaminhado da melhor maneira possível.