“Transresistência: pessoas trans no mercado de trabalho”, de Caê Vasconcelos, é leitura indispensável

Quantas pessoas trans fazem parte da sua vida? Quantas trabalham ao seu lado? Se você, assim como a maioria, respondeu “nenhuma”, talvez não saiba que o Brasil é o país que mais mata essa população no mundo. Um extermínio que, como sociedade, não podemos continuar a ignorar.

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É neste cenário que surge o livro “Transresistência: pessoas trans no mercado de trabalho”, de Caê Vasconcelos, um homem trans escritor, roteirista e apresentador na “Dia Estúdio”. O autor é o primeiro jornalista trans da ESPN Brasil, já foi repórter do UOL Notícias, na Ponte Jornalismo e na Agência Mural de Jornalismo das Periferias.

Ele aborda como pessoas trans e travestis muitas vezes enfrentam dificuldades dentro do espaço familiar. Do lado de fora, sua exclusão persiste na ausência de direitos básicos como saúde, educação, moradia e trabalho. Este último, claro sintoma de nossa transfobia estrutural, é o tema que costura os perfis reunidos na obra.

Não há dúvidas que ser uma pessoa trans no Brasil é resistir. Daí o título “Transresistência”. Escrito pelo jornalista Caê Vasconcelos, pretende contribuir para a visibilidade de pessoas trans e travestis, indo contra a corrente conservadora – incluindo uma vertente do feminismo – que insiste em invalidar sua existência e humanidade.

 “Transresistência: pessoas trans no mercado de trabalho”, de Caê Vasconcelos
Editora:‎ Dita Livros
290 páginas
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